O avanço da tecnologia trouxe uma nova era para a mobilidade: a dos carros elétricos. Mais silenciosos, eficientes e sustentáveis, esses veículos estão deixando de ser uma curiosidade para se tornarem uma realidade cada vez mais presente nas ruas brasileiras.
No entanto, junto com a revolução, vêm as dúvidas e, é claro, os mitos. O preço do seguro, o risco de incêndio da bateria e a cobertura para o carregador e a estação de recarga são algumas das principais preocupações que assombram os futuros proprietários.
Mas o que é verdade e o que é mito nesse cenário? E, mais importante, como a indústria de seguros está se adaptando a essa nova realidade?
Neste artigo, vamos desvendar os principais mitos e verdades do seguro de carro elétrico, analisar as vantagens e desvantagens desses veículos no cenário atual e traçar uma projeção realista para o futuro.
Prepare-se para conhecer o que realmente importa e tomar uma decisão informada sobre a sua próxima compra e a proteção do seu novo bem.
Mitos e verdades sobre o seguro de carro elétrico
Mito 1: O seguro para carro elétrico é muito mais caro
Verdade e Mentira. Este é o mito mais comum e, ao mesmo tempo, o mais complexo de ser desvendado. A verdade é que o custo do seguro de um carro elétrico não é automaticamente mais alto. Em muitos casos, ele pode até ser mais barato do que o de um veículo a combustão de valor similar.
Por que o valor pode ser menor?
- Menor índice de sinistros: carros elétricos tendem a ter menos roubos e furtos por serem modelos mais recentes e, muitas vezes, ficarem em garagens ou locais de recarga mais seguros.
- Menor desgaste mecânico: com menos peças móveis (sem motor a combustão, velas, correias, escapamento, etc.), a probabilidade de quebra ou necessidade de manutenção é menor, o que reduz os riscos para a seguradora.
- Tecnologia de segurança avançada: muitos carros elétricos vêm equipados com tecnologias de assistência ao motorista (ADAS), como frenagem automática e assistente de permanência em faixa, que podem diminuir a chance de acidentes.
- Onde o seguro pode ser mais caro? O preço pode ser elevado dependendo de alguns fatores específicos, como o custo da bateria (que pode chegar a 40% do valor do veículo) e a falta de infraestrutura de reparo. A mão de obra especializada para lidar com veículos eletrificados ainda é escassa no Brasil, e a importação de peças pode encarecer o conserto, impactando o valor da apólice. No entanto, com o aumento da frota e a consolidação das oficinas especializadas, a tendência é que os preços se estabilizem e se tornem mais competitivos.
Mito 2: Carros elétricos pegam fogo com mais facilidade que os carros a combustão
Mito. Essa é uma das maiores preocupações, e a realidade é que os dados não a sustentam. Estatisticamente, carros a combustão têm um risco de incêndio significativamente maior do que os elétricos.
Por que isso acontece?
- Ausência de combustível inflamável: carros a combustão possuem um tanque cheio de gasolina ou etanol, líquidos altamente inflamáveis. Os elétricos, por sua vez, utilizam baterias de íon de lítio.
- Tecnologia de segurança avançada: as baterias dos carros elétricos são projetadas com módulos de resfriamento, sensores de temperatura e sistemas de desligamento automático que cortam a energia em caso de colisão grave ou superaquecimento.
- Centro de gravidade baixo: a bateria, por ser pesada e estar localizada no assoalho do veículo, reduz o risco de capotamento e aumenta a estabilidade.
Apesar de ser um evento raro, o incêndio em bateria de carro elétrico é de difícil contenção para bombeiros não treinados. Por isso, os Corpos de Bombeiros de vários estados, incluindo São Paulo, já estão desenvolvendo protocolos de treinamento e tecnologias para lidar com esses eventos, como banheiras de contenção para resfriar a bateria. É importante destacar que as seguradoras já oferecem cobertura para danos por incêndio, mas é fundamental verificar na apólice se há cláusulas específicas sobre as baterias e como a seguradora atua nesses casos.
Mito 3: O seguro não cobre a bateria, o carregador e a estação de recarga
Verdade e Mentira. Esta é uma questão que evoluiu muito nos últimos anos. Atualmente, as principais seguradoras já oferecem coberturas específicas para esses componentes, mas nem sempre estão inclusas no plano básico.
- Bateria: a maioria das apólices de seguro auto para veículos elétricos inclui a bateria como parte do veículo, cobrindo danos em caso de colisão, roubo ou incêndio. No entanto, é importante verificar se a cobertura se estende para falhas de funcionamento ou desgaste natural, o que geralmente não acontece, já que a garantia do fabricante costuma cobrir esses casos.
- Carregador (Wallbox) e cabos de recarga: a cobertura para o carregador instalado em casa (wallbox) e para os cabos de recarga é uma das principais inovações do seguro para veículos elétricos. Algumas seguradoras já incluem proteção contra roubo, furto, danos elétricos e até vandalismo. É crucial contratar essa cobertura adicional, pois o wallbox e os cabos são itens de alto valor e indispensáveis para o uso diário do veículo.
Para evitar surpresas, a dica de ouro é sempre verificar se a apólice cobre esses itens e, se não, contratar uma cobertura adicional. Isso garante que você não terá prejuízo caso o carregador seja danificado ou roubado.
Vantagens e desvantagens do carro elétrico
Além dos mitos sobre o seguro, a decisão de comprar um carro elétrico no Brasil envolve uma série de prós e contras que precisam ser analisados de forma realista.
Vantagens
- Custo por quilômetro: a recarga de um carro elétrico é significativamente mais barata do que encher o tanque de um carro a combustão. A economia pode chegar a 80%, dependendo do preço da eletricidade na sua região.
- Manutenção simplificada: carros elétricos têm muito menos peças móveis do que os a combustão. Não há necessidade de trocar óleo, velas, filtros de combustível ou correias. Isso reduz drasticamente o número de revisões e os custos de manutenção a longo prazo.
- Benefícios fiscais e de mobilidade: em diversos estados e municípios, os proprietários de carros elétricos têm isenção ou desconto no IPVA. Em cidades como São Paulo, eles também estão livres do rodízio municipal, o que é uma grande vantagem.
- Desempenho e conforto: o torque instantâneo dos motores elétricos proporciona uma aceleração rápida e suave. A ausência de ruído do motor e a menor vibração tornam a experiência de dirigir muito mais silenciosa e confortável.
Desvantagens
- Preço de aquisição: embora os preços estejam caindo, os carros elétricos ainda são consideravelmente mais caros que os modelos a combustão equivalentes no Brasil. O valor elevado da bateria impacta o custo final do veículo.
- Infraestrutura de recarga: a rede de eletropostos ainda é limitada no país, especialmente fora dos grandes centros urbanos. Isso pode gerar a chamada “ansiedade de autonomia” em viagens longas e restringir a mobilidade do veículo.
- Autonomia: a autonomia dos modelos mais populares pode não ser suficiente para longas viagens sem um planejamento cuidadoso das paradas para recarga. Fatores como o uso do ar-condicionado e a velocidade da via também influenciam o gasto da bateria.
- Tempo de recarga: a recarga completa pode levar várias horas em um carregador doméstico comum (carga lenta). Em um carregador rápido, o tempo é reduzido, mas ainda é maior do que o tempo necessário para encher um tanque de gasolina.
Projeção para o futuro: o mercado de carros elétricos no Brasil
Apesar dos desafios, a projeção para o futuro dos carros elétricos no Brasil é promissora e indica uma tendência de crescimento acelerado.
- Queda de Preços: com a chegada de montadoras chinesas e o início da produção local de modelos elétricos e híbridos (a BYD e a GWM, por exemplo, já estão se instalando no Brasil), a competitividade deve aumentar e os preços tendem a cair, tornando a tecnologia mais acessível.
- Expansão da Infraestrutura: o governo federal e a iniciativa privada estão investindo na ampliação da rede de eletropostos. Além disso, a nova legislação para a instalação de carregadores em condomínios e a padronização das normas de segurança para recarga tendem a facilitar a vida dos proprietários.
- Regulamentação e Apoio Público: o crescimento do mercado de eletrificados tem levado a uma maior atenção dos órgãos reguladores. Isso se traduz em mais incentivos fiscais e em uma legislação mais clara e segura para todos, incluindo um maior apoio do Corpo de Bombeiros para lidar com os riscos da nova tecnologia.
Dúvidas comuns
O seguro cobre o carregador (wallbox) instalado na minha casa?
Sim, mas geralmente como uma cobertura adicional. O carregador, por ser um equipamento de alto valor, pode ser coberto contra danos elétricos, incêndio, roubo ou furto. O seguro de sua residência também pode ter uma cobertura específica, mas é importante conversar com seu corretor de seguros para entender a melhor forma de proteger o equipamento.
Quais seguradoras já oferecem cobertura para carros elétricos?
Praticamente todas as grandes seguradoras do mercado brasileiro, como Porto Seguro, Bradesco, SulAmérica, Tokio Marine e HDI, já possuem produtos específicos para carros elétricos. Elas oferecem coberturas adaptadas, como assistência para falta de carga, guincho para eletroposto e cobertura para o wallbox. A competitividade do mercado de seguros para elétricos já é uma realidade.
A bateria é coberta pela garantia do fabricante?
Sim. A bateria é o componente mais caro do carro elétrico, e as montadoras oferecem uma longa garantia de fábrica, que geralmente varia de 8 a 10 anos ou 160 mil quilômetros, o que ocorrer primeiro. Essa garantia cobre a degradação excessiva da capacidade da bateria, garantindo sua durabilidade e desempenho ao longo do tempo.
O carro elétrico e o seguro
O carro elétrico não é o futuro, é o presente. E, como toda nova tecnologia, ele traz desafios e mitos que precisam ser desmistificados. O seguro de carro elétrico não é necessariamente mais caro, os riscos de incêndio são menores que os de um carro a combustão, e as coberturas para bateria e carregador já são uma realidade no mercado brasileiro.
Embora o preço de aquisição e a infraestrutura de recarga ainda sejam pontos de atenção, a tendência de queda de preços e a expansão da rede de eletropostos indicam um futuro promissor para a eletromobilidade no Brasil.
Para o consumidor, a mensagem é clara: o seguro auto para carro elétrico é um investimento essencial. Ele oferece a tranquilidade de saber que os principais riscos estão cobertos, do roubo à assistência para falta de carga.
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