Muitos podem acreditar que proteção veicular e seguro veicular é a mesma coisa, mas não é! Então, se você realmente optar pela proteção veicular, precisa estar ciente que não está contratando um seguro veicular, fique atento para não contratar um serviço achando que é outro. Agora, vamos entender melhor as diferenças de um e de outro serviço.
O que é Proteção Veicular?
A Proteção veicular é um contrato feito entre pessoas que estão na mesma cooperativa. Ou seja, todo mês, os membros dessa cooperativa, chamado de associados, depositam um valor mensal, para garantir que em caso de algum problema, o valor do fundo dessa cooperativa ou associação, seja acionado para pagar os danos para o veículo acidentado ou demais serviços ofertados pela cooperativa, como guincho por exemplo.
A Proteção veicular é um serviço legal, ou seja, ele pode ser comercializado, no entanto, os riscos são maiores que de um seguro tradicional, pois basta que a cooperativa tenha gastos maiores que ganhos, ou então, qualquer outro problema, ela pode deixar de fato de assegurar o bem citado em contrato.
A Proteção veicular não é regulamentada pela área do governo que regula os seguros, conforme veremos a seguir.
Seguro veicular
Os seguros são oferecidos pelas seguradoras, diferente da proteção, que são ofertados pelas cooperativas ou associações. As seguradoras precisam passar por um processo de regulamentação com a SUSEP (Superintendência de Seguros Privados). Para que o projeto seja aceito para análise, é preciso que a empresa que pretende ser uma seguradora precise ter um capital inicial de R$1.2 milhões fixos, sem contar o capital variável e de risco (veja mais em: https://www.gov.br/susep/pt-br/arquivos/arquivos-solvencia-supervisao-prudencial/capital-minimo-requerido-e-tap/orientacao-cmr_marco2024.pdf), o que já inibe a atuação de empresas muito pequenas ou amadoras. Além disso, precisa ter um plano de negócios, estatuto social, entre outros documentos. Atualmente o Brasil conta com 131 seguradoras divididas nas mais diversas atuações em ramos, ou seja, seguro auto, vida, etc.
Além disso, as seguradoras contam com o resseguro, que é como se fosse o seguro das seguradoras, tudo isso, para garantir as operações.
A maioria das seguradoras que atuam no país são seguradoras que possuem muitos anos de atuação, muitas provenientes do exterior e que atualmente oferecem serviços no Brasil.
A história das seguradoras é de longa data. A Lloyd’s, por exemplo, foi fundada em 1689, na Inglaterra. No Brasil sua atuação se dá através do resseguro em 2008.
Já a história da proteção veicular é mais recente, por volta da década de 80. Mas, o mercado de proteção veicular não surgiu à toa, foi justamente da necessidade de alguns caminhoneiros que não tinham seus veículos aceitos pelas seguradoras. Isso acontece também com alguns motoristas de veículos que não conseguem seguros tradicionais para seus veículos, optando assim, pela proteção veicular. Muitas vezes a opção é pelo custo aparentemente mais reduzido. Dizemos que “aparentemente”, pois na verdade o cliente está pagando pelo o que é entregue, tanto na proteção quanto no seguro, uma vez que o seguro têm mais benefícios, obviamente seu custo poderá ser mais alto.
Conclusão
Toda a regulamentação da SUSEP em relação às seguradoras é muito importante para garantir a saúde do setor. Após a tragédia que assolou o Rio Grande do Sul em 2024, segundo relatórios da Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg), foram registrados 48.870 pedidos de indenização, totalizando cerca de R$ 3,9 bilhões em indenizações. A grande maioria desses pedidos, representando 85%, estava relacionada a danos em veículos e residências.
Certamente ainda há muito o que melhorar. Como dito anteriormente, alguns motoristas se vêem desamparados em relação às seguradoras, uma vez que seus veículos, seja pelo modelo, ano ou qualquer outra variável não encontram seguradoras aptas a realizar o seguro pois consideram o risco muito alto, sendo a proteção veicular a única alternativa restante.
No entanto, sempre orientamos que o motorista avalie e pondere o custo benefício de todos os cenários possíveis e opte sempre pelo o que considerar mais seguro, afinal, estamos falando de segurança, então esse fator deve ser levado bastante a sério.
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